terça-feira, 12 de janeiro de 2016

Sábio era o Seu João...

Ontem fui ao supermercado, para comprar pilhas. No mercadinho aqui ao lado não adiantava ir, porque ali não existem as pilhas que eu preciso.
Segundo o Seu João, dono do armazém, pilha se divide só em pequenas, médias e grandes.
Diz ele, que esse negócio de “pilha-palito” é frescurada.

- “Ora, onde já se viu fazer umas pilhinhas desse tamanho? Isso deve acabar em meia-hora...” – argumenta o Seu João, do alto de seus quase 80 anos de vida.

Já tentei de todo o jeito explicar que os aparelhos agora são menores, e que por isso as pilhas também precisaram diminuir de tamanho, mas que não perderam a capacidade de energia.
Não houve jeito.
Seu João não entende, e não aceita de forma alguma essas minúsculas e inúteis pilhas em sua quitanda.

Fui, e comprei a tal da pilha, que aliás, custa os olhos da face.
É o mal do pobre. Quer ter TV, Net, aparelho de som, ar-condicionado e isso e aquilo, mas depois não tem como manter as pilhas dos controles...
Aproveitei e comprei uns outros negócios que precisava também.
Umas lâmpadas, uma tesoura nova, porque a minha ainda era aquela de pontas arredondadas do tempo do primário, e eu acho que deve ser importante ter uma tesoura em casa...
Quando cheguei em casa, fui abrir as embalagens para poder utilizar meus produtos.

E foi aí que começaram minhas incomodações.

Se fosse um caso de vida ou morte, eu certamente não estaria aqui pra contar.
Até ontem, eu nunca havia prestado atenção nas embalagens de pilha. Durante cerca de uns 20 minutos eu tentei, em vão, abrir o pacotinho usando apenas as mãos.
Alguém saberia me dizer qual a razão desses invólucros?
Vocês lembram de como era há alguns poucos anos?
Vinham as quatro pilhas, enroladas num pedacinho minúsculo de plástico, como essas aí ao lado...
Bastava torcer pra lá, torcer pra cá e pronto, as pilhas pulavam saltitantes, felizes com a liberdade.
Hoje não. Hoje tem o papelão, que além de grosso, é afiado. É um movimento errado e lá se vai um talho no indicador.
Vencido o primeiro obstáculo, ainda existe o segundo.
Uma espessa camada de plástico. Mas não é um plástico comum, não...de jeito nenhum.
Parece ter sido desenvolvido pela NASA. Nunca na minha vida eu tinha visto um material como aquele. Pensei até em reaproveitar e utilizar nas trancas do meu carro.
Mas afinal de contas, o que pode acontecer de tão perigoso com as pilhas?
E o mais engraçado é que, bem no cantinho da embalagem, ainda vem escrito: “ABRA AQUI”.
Só podem estar brincando com a minha cara....

...

Bom. Depois disso, fui dar jeito no restante das compras. Fui guardar a lâmpada. E por muito pouco, ela não resvala pelo meio dos meus dedos e se estrebucha no chão.
Vocês já prestaram atenção nas embalagens das lâmpadas? Já? Já prestaram?
A lâmpada, que em termos de fragilidade só perde para os ovos, vem envolta em um papelão ridículo. Que rasga só de fazer força. E é aberto dos dois lados. Dos dois lados!!
Nessas horas que eu penso:

— “Bem faz o Seu João ali do armazém...



2 comentários:

  1. Meu marido comprou um estlete para abrir embalagens, agora como abrir a embalagem do estilete rsrsrs

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  2. Nunca entendi pq de ser aberta dos dois lados...heheheh...

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