segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

Daquilo que eu enxerguei no escuro...

Se tem coisa que eu quero na vida, mais do que cruzar o caminho de um disco voador, é encontrar uma outra pessoa que admita acreditar nisso tudo, como eu.
Não é de hoje que sou fanático por isso.
Lembro que, ainda muito pequeno, fui tomado de assalto por uma imagem diferente, bonita e estranha acompanhando a ida de minha família até a praia.
Era madrugada, e no carro estavam meus pais, minhas avós e eu.
Além de meu pai, que dirigia o carro, só eu estava acordado.
Lembro que, quando criança, ficava fascinado ao olhar para o céu na madrugada escura das estradas. Não sentia sono algum, ao contrário, me sentia ainda mais acordado observando uma infinidade de estrelas, satélites, planetas e meteoritos totalmente novs, imperceptíveis nos céus enfumaçados da capital.
Bem... nessa noite, o silêncio imperava dentro do veículo, o que fazia minha imaginação chegar ainda mais perto de todos aqueles astros.
Foi quando vi, pela primeira vez naquela madrugada, algo que nunca mais vou esquecer.
Não vou relatar com detalhes, porque sei que todos irão pensar que estou brincando, ou escrevendo um conto de ficção.
Mas vi, e, lá nos meus segredos, posso jurar que tratava-se de algo jamais visto ou imaginado pelo homem.
Se era uma nave, confesso que até hoje não sei. Se tinha alguém pilotando, sei menos ainda.
Ora movimentava-se, ora ficava estática.
Parecia que nos observava, acompanhava, durante a viagem.
Meu pai, aparentemente, nada havia visto, mas não quis avisá-lo.
Não tinha coragem de tirar os olhos daquele fenômeno. O restante da família dormia.
Pelos meus pensamentos a única ideia que ia e voltava era:

- "Quanta gente poderia passar por isso se prestasse mais atenção nos detalhes. Se pensassem menos em si mesmos..."


Não tirava o olho da luz, em momento algum. Durante alguns instantes até medo eu senti.
Não sei por quanto tempo aquilo ainda durou, perdi um pouco a noção dos minutos.
De repente, apagou. Fiquei ainda alguns instantes mirando o céu, atrás daquela luz, mas não vi mais nada. Agora nem mesmo as milhares de estrelas faziam diferença. Foi como se eu tivesse sido tomado por uma dose cavalar de adrenalina, e agora eu precisava de mais, como um viciado. Mais alguns quilômetros, e nada.
Nem avião passou por sobre a minha cabeça.
Até que, já quase chegando na praia, o mesmo reflexo invadiu a minha janela.
Não sei bem porque, mas aquela luz voltou novamente.
Por muito menos tempo, é verdade. Mas voltou.

Naquela noite, definitivamente não dormi.
No outro dia, não tinha coragem de contar nada a ninguém.
Nem pra minha mãe.
Na verdade, eu comentava até comigo mesmo que aquilo certamente teria sido um sonho, que na verdade eu já deveria ter cochilado há horas.
Durante toda a tarde seguinte, tentei me convencer que aquela luz toda não passava da luz alta de um caminhão viajando no sentido contrário.

E foi assim que sepultei um dos momentos mais bacanas da minha infância.
Mas não adiantou muito. Nunca consegui esquecer aquela madrugada.
Cresci, sem tocar nunca mais naquele assunto. Houve épocas em que me sentia mesmo meio lunático. Simplesmente por acreditar em algo que, ora bolas, eu havia visto. Enquanto isso eu era obrigado a continuar acreditando em Deus. Que, aliás, nunca vi.
Hoje, depois de alguns bons anos, enchi o saco. Cansei de pensar sozinho nesse assunto.
Não posso ter sido o único privilegiado. Mais alguém deve estar passando por essa mesma agonia, de querer alguém para dividir as mesmas dúvidas e as mesmas conclusões.

Aqui, os lunáticos são sempre bem-vindos...
...sempre, tendo visto alguma luz ou não...


2 comentários:

  1. Um dia cheguei a comentar no grupo o q eu tinha visto no céu, no fim da tarde, enquanto tomava chimas com meu pai....o mesmo olhou e tbm não acreditou....fiquei fascinada...mas ele acabou sepultando aquele momento em mim...mas no fundo...bem no Fundinho....sei o q vi!!!

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  2. Um dia cheguei a comentar no grupo o q eu tinha visto no céu, no fim da tarde, enquanto tomava chimas com meu pai....o mesmo olhou e tbm não acreditou....fiquei fascinada...mas ele acabou sepultando aquele momento em mim...mas no fundo...bem no Fundinho....sei o q vi!!!

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